03 agosto 2010

O que sei sobre a gripe

-Há uma palavra relacionada à gripe que toda vez que leio ou ouço só consigo pensar em uma daquelas quitandeiras do interior. A mãe diz pro filho: "meu fí, vai lá buscar meio quilo de broa na casa da Dona Coriza, vai".

-O homem já foi à Lua e ainda não venceu a gripe. O homem até já colocou coração de porco em outro homem e ainda não venceu a gripe.Um cientista vai descobrir a cura da Aids e provavelmente no outro dia terá uma gripe.

-Esse ano eu tomei aquela vacina da gripe. Tive um resfriado.

-O resfriado é a gripe sem vírus.

-Estudar já é uma tortura. Mas um dos momentos mais psicologicamentes torturantes da vida de um estudante é fazer uma prova gripado. São momentos de horror em que você precisa controlar o pinga-pinga nasal e ainda resolver uma questão de Física.

-Tenho preguiça de gente que diz: "Num gripo faz mais de ano".

-Não sei outras pessoas, mas quando gripo, à noite, um dos meus delírios mais recorrentes tem os dois lados do nariz como protagonistas. Os delírios estão normalmente relacionados com uma disputa para ver quem não fica com as secreções. É um jogo de empurra.

-Todo mundo tem uma receita infalível contra a gripe. Mas ninguém parece testar a própria receita.Se testaram e deu certo, tá na hora de colocar a receita no mercado.

-Quando eu era criança e gripava, eu queria colocar os pés dentro de uma bacia de água igual o Pateta fazia nos desenhos da TV.

-O pior da gripe é o nariz escorrendo.

-Fazer qualquer coisa com o nariz escorrendo é muito ruim. Dirigir, escrever, digitar. Isso me faz perceber uma coisa.