Quem precisa de um aparelho blue-ray? Antes a gente via filme preto e branco numa boa. A gente esperava pelo anúncio da temporada de filmes da Globo na maior ansiedade. Cada um comentava sua listinha: “quero ver esse...!”. Depois vídeo cassete era o máximo. Eu me lembro quando compramos o primeiro lá em casa. Nos finais de semana a gente passava na locadora e pegava uns 8 vídeos, por baixo. Vi de ‘Poderoso chefão’ a ‘Nasce um monstro’ graças ao video cassete. Achava a imagem uma beleza. Dar pause e não precisar esperar o comercial pra ir ao banheiro era o máximo. Aliás, não ter comercial já era uma revolução. Na mesma época eu ouvia vinil e me levantava pra virar o lado sem reclamar. Depois da fita cassete qualquer outra invenção é totalmente desnecessária.
Pra que uma super imagem com trocentos milhões de pontos de alta definição se o filme for ruim? É claro, tem muita gente que gosta de ver filme ruim, mas basta ter computação gráfica que fica bom. Mas eu decreto: não dá pra confiar em alguém que passe um filme todo dizendo “hmm, veja que definição”. O que dizer dos primeiros filmes do grande Hitchcock, em preto e branco. Alguns sem som. Geniais. O que dizer de ‘O homem elefante’, de David Linch. Gravado em 1980, mas intencionalmente preto e branco. Será que mais definição daria o clima pesado que o filme precisava? Não. Acho saudável parar pra pensar se a gente precisa mesmo de blue-rays, HD’s, 3’ds, I’pads e o escambau. Se for sofrer até a morte se não tiver um desses, vá lá, gaste seu dinheiro com isso. Afinal, como diria Millôr Fernandes, livro não enguiça.
Pra que uma super imagem com trocentos milhões de pontos de alta definição se o filme for ruim? É claro, tem muita gente que gosta de ver filme ruim, mas basta ter computação gráfica que fica bom. Mas eu decreto: não dá pra confiar em alguém que passe um filme todo dizendo “hmm, veja que definição”. O que dizer dos primeiros filmes do grande Hitchcock, em preto e branco. Alguns sem som. Geniais. O que dizer de ‘O homem elefante’, de David Linch. Gravado em 1980, mas intencionalmente preto e branco. Será que mais definição daria o clima pesado que o filme precisava? Não. Acho saudável parar pra pensar se a gente precisa mesmo de blue-rays, HD’s, 3’ds, I’pads e o escambau. Se for sofrer até a morte se não tiver um desses, vá lá, gaste seu dinheiro com isso. Afinal, como diria Millôr Fernandes, livro não enguiça.